segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O passarinho, a criança e o outro lado da moeda...

Cresci escutando minha mãe e minha avó dizerem que criança era igual passarinho, no mesmo momento que estava morrendo, doentinho e amuado, logo já estava vivendo de novo, cantando e batendo as asas como se nada tivesse acontecido, pois é, essa última semana expressou bem o que isso quer dizer...
Sobrevivemos a estomatite do Júnior, olha não foi fácil, é uma coisa simples mas moeu o meu coração, ver filho sofrendo é doído demais!!! Passamos 3 dias tentando fazê-lo comer qualquer coisa que desse o mínimo de energia para mantê-lo de pé! Tentei todas as sugestões que me deram, mas a única coisa que rolou foi a mamadeira e o danoninho, além de um pão de leite que acabou descendo na terça de manhã, tamanha a fome que o bichinho estava...
Quando minhas esperanças estavam acabando e eu já cogitava de ter que voltar ao hospital, pois ele estava tão fraco que mal se continha em pé e as mãozinhas tremiam, eis que ele resolve comer 3 danoninhos e 1 cacho grande de uva, então o conto do passarinho se fez presente, assim que ele terminou de comer começou a dançar ao som da música de um programa que passa no disney júnior, Os Imaginadores, quem visse aquela cena não imaginaria que a minutos atrás o mesmo menino estava tremendo e sem forças para se manter em pé, tal qual o passarinho, ele cantou e dançou, vivendo de novo!!!
Dei um suspiro de agradecimento a Deus, pois tudo começava a passar...
Foi uma semana difícil, mas como toda moeda tem dois lados, pude aprender e vivenciar muita coisa boa com tudo isso, primeiro eu parei, parei tudo que tivesse menos importância e me dediquei ao meu filho exclusivamente nesses três dias, isso nos aproxima, apesar das circunstâncias e me faz sempre lembrar o que realmente importa. Eu tive paciência, muito embora houvesse momentos que eu pensei que fosse perdê-la, mas me contive e procurei a todo instante entender o momento que meu filho estava passando, me coloquei do lado do outro, mesmo que esse outro fosse meu filho e isso torna as coisas mais fáceis, mas exercitei o processo entende? Fui envolvida em muita vibração de força, de carinho, e vi como as mulheres se unem quando é necessário e o poder de amar que carregamos em nós!
Como já disse outras vezes e com certeza direi muito ainda, é na maternidade onde aprendo a ser melhor, onde trabalho o que há de melhor em mim e tento cada vez mais diminuir ou educar o que não é tão bom assim, muitas coisas me ajudam a mudar na vida, mas a maternidade... Ah! a maternidade....
Como disse Baceli em sua palestra: feliz daquele que consegue encarar o sofrimento como aprendizado e por pior que seja a situação pensar, o que eu posso aprender com isso?
Pois é, é assim que tenho agido ultimamente, umas vezes acertando e outras nem tanto assim, mas seguindo em frente, e como eu pensava todas as noites durante a estomatite, amanhã será outro dia e tudo será melhor!
Não posso deixar de citar minha mãe, maravilhosa e presente como sempre, a disposição com todo o carinho e amor do mundo, pronta pra carregar não só o Júnior no colo, mas a mim tb se fosse preciso!
No fim, só tenho a agradecer, primeiro pelo Júnior estar bem agora e por tudo ter passado, por ter pessoas maravilhosas na minha caminhada, por conseguir ver o outro lado da moeda e por ter a minha mãe comigo, sempre pronta a me amparar!
E terminamos a semana assim, brincando de super herói no quintal!

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