segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O ciclo que se fecha...



Foram 6 anos...
A proposta de trabalhar na Nova Era veio do meu marido, naquelas conversas de cama sabe?
Nunca cogitei essa hipótese e quando aconteceu pensei: que bacana!
Aprendi como nunca!
Na balança da vida, posso dizer que o saldo é extremamente positivo.
Acontece que algo começou a me incomodar, olhava e já não me via, nem sabia mais quem eu era...
Cadê aquela Michele questionadora, cheia de sonhos na cabeça?
Foi engolida pela rotina do dia a dia, acomodada atrás de uma mesa, sentindo que não estava dando tudo que poderia nessa vida de meu Deus!
Os conflitos começaram, primeiro na área da maternidade, mas foi apenas o primeiro passo pra entender que meu lugar não era mais ali.
Fui tateando, com a ajuda da terapia, pra entender quem eu era, quem eu tinha me tornado e sobretudo o que eu queria na minha vida como um todo.
Encontrei na doulagem a satisfação que eu procurava, mas ainda tinha passos a dar...
Sair da Nova Era se fazia necessário, pois não conseguia dar conta das duas coisas e então decidi.
Para alguns fui corajosa, foi um grande salto pra longe da zona de conforto, pra outros só fiz porque tenho meu marido, que segura as pontas enquanto a coisa não vira. Bom, a vida é assim né? Pelo menos eu vejo assim dentro de um relacionamento, um apoiando o outro, segurando as pontas enquanto para o outro não dá, se fosse ao contrário eu daria a maior força para o meu marido, como ele deu pra mim.
E diante dessa reflexão eu não posso deixar de te agradecer Dri.
Pelo seu acolhimento, pelos cafés da manhã, pelos almoços regados a muito papo e risadas, por sua paciência, por sua companhia, pelas vezes que você me escutou, consolou meus choros e me mostrou o outro lado.
Aprendi muito com você não só o trabalho em si, mas aprendi coisas pra vida!
É um ciclo que se fecha e eu amo recomeços, eu amo pegar a folha em branco e escrever a história.
Que venha esse novo ciclo com todas as incertezas e certezas que ele traz afinal, a vida por si só já é um risco!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Hoje é o dia dela!!!

Do dia que nossos olhos se encontraram pela primeira vez até hoje, fazem 8 anos...
Me emociona ver que alguns sinais de que a infância em breve irá embora, começam a aparecer. É claro que ainda tem chão pela frente, mas a bebezinha vai ficando cada vez mais pra trás e o que eu sinto é um misto de alegria, orgulho e medo...
Você vem mudando tanto filha, amadurecendo, crescendo, aprendendo, se posicionando mais.
Eu vou aprendendo como sempre, aliás cada vez mais percebo que você me ensina muito mais do que eu a você!
Desejo que você seja plena filha! Que você vá trilhando seu caminho de uma maneira leve, cheia de aprendizados, com menos tabus, menos expectativas e mais VIVER! Viver inteiro sabe? Livre das amarras que nos prendemos por repetições. Caindo e levantando, errando e aprendendo, evoluindo e amadurecendo, a vida é assim! Não podemos estar certos a todo o momento e seres perfeitos não habitam a terra, por isso arrisque-se, semeie sempre coisas boas e a colheita virá farta meu amor...
Feliz aniversário minha vida!
Mamãe te ama mais que tudo!

domingo, 24 de agosto de 2014

Para minha irmã de alma...

Eu preciso falar de você!
Não só porque você é minha amiga querida, minha irmã de alma, minha companheira de outras vidas...
Cara, você é foda!
Me surpreende alguém não reconhecer a beleza que tem em você e não estou falando de beleza física porque bem sabemos que um dia essa acaba... A beleza que você tem é física sim, mas não só, é algo que transcende e quem não consegue perceber, não tem olhos de ver, como já dizia um sábio chamado Jesus.
Como eu disse hoje, eu te vejo, te vejo como no filme Avatar, vejo além, vejo todo esse conteúdo que tem dentro de você.
Falar que você é de um humor incrível é redundante, mas é uma das coisas que mais me encantam em você! Além da sua lealdade e integridade, tão raras nos dias de hoje...
Como o nome desse blog é aprendendo a ser, ele não pode passar sem ter uma postagem sobre você!
Você me ajudou a enxergar o meu valor, você me fez rir nos piores momentos da minha vida e esteve ao meu lado, pura e simplesmente, e com sua presença você dizia: se você cair eu te seguro!
Às vezes a gente se desentende, discorda, se irrita, mas até nesses momentos é muito bom ter você ao meu lado, porque eu aprendo tanto cara...
As nossas terapias informais são grandiosas!
Você me ajuda no meu aprendizado de SER!
Me espelho na sua coragem, na sua força, na sua inteireza... Sim, é assim que você vive, inteira! Cada vez mais isso se corrobora e por mais que o fardo pese de vez em quando, você aprende, se olha, se conhece, se entende...
Você tem tanto conteúdo, tanto a acrescentar que eu tenho pena das pessoas que não se permitem conhecer a Carol!
Amiga eu amo você! Pelos nossos quase 30 anos de amizade, por acompanhar a pessoa que você se torna a cada aprendizado, por tudo que você me ensina, por sua presença, sempre! Tornando a me dizer que se eu cair, você me segura!
Torço por você, desejo visceralmente que você alcance patamares que nem sonha, te verei lá em cima, no topo! Quando digo isso acho que não preciso nem explicar que não estou me referindo a nada financeiro né? Estou falando de realização, de auto conhecimento, de plenitude!
Saiba que minha presença quer dizer o mesmo que a sua me diz: se você cair, eu te seguro! Ainda que às vezes eu seja dura, ainda que às vezes o que eu diga não surta de imediato o efeito que eu quero, mas você bem sabe o que vai no meu coração...
Gratidão por estarmos juntas nessa! E na próxima cara, eu não venho se você não estiver comigo!









sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O caminho de volta a conexão comigo mesma...




Hoje tomei café sozinha na Marengo...
A TPM está pedindo pra eu ficar comigo mesma, não há nada de errado não, apenas reflexão...
Se eu soubesse meditar, agora seria uma boa hora...
Faz 2 anos que eu não tomo pílulas anticoncepcionais, pelo fato de que eu queria conhecer meu corpo, entender o que ele me dizia com a menstruação, conhecer meus ciclos, meu fluxo...
Lembro da primeira vez que li esse texto,como ele mexeu comigo e em lágrimas eu escrevi, onde foi que eu me perdi??? A partir daí parei de tomar pílulas e comecei a me observar, aprendi que os incômodos da menstruação fazem parte de mim, aceitar e aprender a viver com eles me traz sabedoria, serenidade... Como o trabalho de parto e a dor das contrações, cada vez que você luta contra a contração, mais ela dói, se você aceita a dor e deixa ela vir, tirando dela todo o ensinamento, tudo fica mais leve e mais sereno.
Pois bem, comecei a reparar nos meus ciclos, comecei a usar coletor menstrual, deixei de ter nojo do meu sangue, reparei no cheiro, na textura, na quantidade, isso faz parte de mim caramba! Como me enojar com parte de mim mesma e que me diz muito mais do que eu consigo enxergar???
O fato é que nesse (re)conhecimento da menstruação, eu pus em prática uma frase que eu li nesse texto, que diz que a TPM é uma lente de aumento para as coisas que não estão bem.
Cara! Bingo!
Estou vivendo um momento que ia tomar uma decisão e pra mim tudo bem, só que quando eu comecei a sentir a TPM, o assunto em questão começou a me incomodar, então eu pensei, não está tudo bem. Se eu estou me incomodando com esse assunto na TPM é sinal que não está resolvido pra mim e que eu tenho que olhar com mais cautela pra essa situação.
Peguei o assunto, olhei pra ele com carinho e deixei que a TPM me mostrasse tudo que estava me incomodando, percebi que ainda tenho coisas pra resolver em relação a isso e que agora não é hora de tomar uma decisão, fim!
Fiquei feliz de poder experienciar algo tão profundo sabe? De estar me conectando comigo mesma de tal forma que consigo reparar nessas sutilezas...
O café?
Foi o momento comigo mesma que me fez colocar essas ideias nos seus lugares e sentir o quanto comigo, e só comigo eu queria estar nesse momento! Descobri que eu gosto demais da minha companhia, de quem sou e de quem estou me tornando...

domingo, 3 de agosto de 2014

Um domingo tranquilo.

Geralmente eu gosto de estar em casa nos domingos. Eventualmente almoço na casa de alguém ou me encontro com amigos, mas na maioria das vezes gosto de estar em casa, de me preparar pra semana.
Hoje eu queria um domingo assim, tranquilo.
Não fazer muita coisa em casa além do essencial, um almocinho gostoso e ver as crianças brincarem.
O pai levou na pracinha pela manhã enquanto eu ajeitava as coisas por aqui.
O marido fez uma picanha no forno e eu uma abobrinha gratinada, as crianças brincaram na garagem com os brinquedos, com tinta, eu tomei minha cervejinha como de costume e depois do almoço eu tirei um belo cochilo no sofá.
Dia simples, mas que me enche de alegria e de energia pra enfrentar a semana, me lembrando que apesar de ser meio clichê, a felicidade está nas coisas simples!






terça-feira, 29 de julho de 2014

A vida é muito curta e eu quero VIVER!

Hoje me deparei no face com essa frase, vinda de uma amiga que é pura luz!


Na hora me veio tanta coisa na cabeça e eu desatei a escrever, sabe aqueles momentos que parece que já está tudo pronto lá dentro? E eu disse:
"Para dar pouco colo pra filho, para deixar de dormir juntinho, para estar num lugar onde vc não quer estar, para se prender a conceitos impostos (por quem?) e deixar de fazer o que realmente gosta, para sobreviver correndo atrás de dinheiro e deixar de VIVER pura e simplesmente. Enfim, algumas amarras ainda me prendem, mas aos poucos escuto o som das correntes quebrando. 
CLECK! (ops! quebrou mais uma!)"
Sabe, parece tão óbvio né, mas como nos (eu) prendemos e como perdemos (eu) tempo...
Depois do que eu escrevi descobri porque eu estava tão incomodada e porque foi tão difícil pra mim, quando na segunda-feira antes de sair pra trabalhar meu filho caiu em prantos. Tá, ok! Toda mãe morre por dentro quando o filho chora pra mãe ficar em casa, ainda mais do jeito que ele fez... Eu estava deitada e quando levantei pra tomar banho ele perguntou: mamãe voxe vai pa sala? Não filho, eu vou tomar banho pra ir trabalhar. Aí ele fez aquele bico típico de criança quando está sentido, me abraçou no pescoço e entre o choro disse: eu não quirio que voxe fosse...
Fiquei mais meia hora deitada agarradinha com ele, com uma indisposição e uma tristeza profunda, além do normal. Bom, fui trabalhar e passei o dia todo incomodada, o que atribuí a TPM que começava a se instalar...
Então hoje quando me deparei com essa frase e vomitei tudo que estava aqui dentro, eu descobri que aquele incômodo dizia muito mais do que eu supunha (TPM sendo lente de aumento).
Sabe, não é nada com ninguém, não é nada externo, é comigo, é lá dentro...
Já tem 2 anos que eu venho me remexendo na cadeira, que eu não sei onde por a mão e conforme o tempo vai passando e a minha estante pessoal vai sendo arrumada, mais e mais eu defino QUEM SOU E O QUE QUERO! E num resumo bem simplista mas que diz muito, o que mais quero é ser PLENA!
Quero trabalhar em algo que me dê prazer e que o dinheiro seja só consequência do processo e não a força motriz.
Quero SER mais presente na vida dos meus filhos, me esbaldar nessas risadas escancaradas, acompanhar essa cumplicidade que cresce a cada dia.
Quero estar apaixonada, pela vida, pelo meu marido, por mim!
Ainda estou no processo de reencaixe da minha vida, em alguns momentos a parada é punk, mas o resultado está ficando lindo, lindo!
E por fim:






Obrigada Mayra Aiello, por sem querer me ajudar a pensar nisso!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Eu, a estante e a reconstrução de mim mesma!

Estou aqui transbordando de sentimentos...
A caminhada para dentro de mim, começada há 2 anos atrás se intensifica a cada passo dado.
De março até agora, participei de 3 eventos que aceleraram esse processo de um tanto... Foi o workshop Os 7 segredos do parto, Siaparto e Revelando Doulas.
Estou aqui organizando esses sentimentos, me sinto em frente de uma grande estante cheia de nichos, dentro dos nichos estão minhas construções, minhas opiniões, quem eu sou, ou melhor, quem eu era.
Quando comecei esse processo, é como se tudo que estava nos nichos tivessem caído ao chão.
Comecei a arrumação pondo cada coisa em seu lugar, percebendo hora com alegria e hora com medo que algumas coisas não faziam mais parte dessa grande estante cheia de nichos chamada Michele.
Bacana perceber que algumas coisas não saíram do lugar, estavam meio empoeiradas e escondidas, mas estavam ali e não caíram, a essas "coisas" eu chamei de essência, é aquilo que sou na minha essência e por mais que eu mude, evolua, me reconstrua, a minha essência está ali, eu só preciso lembrar dela e desempoeirá-la para que ela se afirme.
Ao longo desses dois últimos anos, percebi que algumas coisas tornavam a cair dos nichos e uma nova limpeza recomeçava, algumas bem doloridas...
Esses últimos eventos dos quais participei, remexeram alguns nichos novamente e tem tanta coisa aqui dentro...
Entre lágrimas estive em frente de olhos doces que me disseram: crescer dói...
Cara, mas é uma dor tão bacana!
Entre lágrimas também, em outra ocasião, ouvi alguém dizer: Existe beleza na dor...
Nunca isso fez tanto sentido pra mim...
Porque de fato é dolorido se reconstruir, sair da zona de conforto, mas é tão gratificante sentir esse caminhar, essa evolução, essa força e esse poder crescendo dentro de mim!
Ainda não consigo parir os detalhes do que está sendo esse processo, mas quero voltar aqui e me aprofundar mais!
Estou gestando a mim mesma, em trabalho de parto latente, com condições ainda de perceber ao redor, em breve volto na transição, onde perderei a consciência de mim mesma e o que vai transbordar é o que eu ainda não consigo ver com consciência...
GRATIDÃO!
Eu, compenetrada nos 7 segredos do parto

A turma dos 7 segredos

No Siaparto com Naoli Venaver e minhas duas queridas amigas Thielly e Cinthia
No Siaparto com a organizadora do evento, Ana Cris.
Revelando Doulas



Círculo de Mulheres no Revelando Doulas, a imagem fala por si só!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A continuação dos 34

E quando achava que tudo tinha acabado, chega minha mãe e duas de minhas irmãs, com meu marido, filhos e meu cunhado Kaique, bolinho e mais parabéns, como é bom né?
No meio do bate papo minha mãe me disse que quando estava indo trabalhar pensou: há 34 anos essa hora eu estava sentindo dor e logo ela ia nascer...
Ela disse que chorou o caminho todo até o serviço, pensando em mim...
Eu nasci de fórceps e hoje sei o quanto o meu nascimento impactou na minha vida, foi um nascimento violento, com uma mãe adolescente (15 anos) e um pai adolescente, mulherengo e boêmio (19 anos), mas eu sei que havia muito amor, pude sentir esse amor ao longo da minha vida, muito embora houvessem falhas e lacunas que ficaram lá, escancaradas, esperando o momento que eu estivesse disposta e com maturidade pra encarar, contudo eu sei que havia muito, muito amor!
Sei também que fizeram o melhor que podiam com o que tinham nas mãos...
Parte do que sou dependeu dela, foi por ela e com ela. Minha companheira, minha mãe! Passamos tantas coisas juntas, tantas paradas sinistras, mas tantas coisas bacanas também... Muito embora discordemos e em algumas vezes não nos entendemos, eu sei que posso contar com esse amor infinito que ela sente por mim, pois é o mesmo que tenho pelos meus filhos.
Aproveito esse espaço e esse momento pra mais uma vez expressar minha GRATIDÃO por ser filha dessa mulher maravilhosa, que deu o seu melhor, que fez nascer flores no deserto, que com o pouco que tinha nas mãos fez milagres e educou 5 filhos da melhor maneira que pode, usando as ferramentas que tinha e muito amor!
Te amo mãe, parte do que sou vem de ti!
GRATIDÃO!

34 anos aprendendo a SER

O nome desse blog é aprendendo a SER... Aí hoje, onde se completa 34 anos da minha existência nesse plano, eu me sinto como se estivesse no alto de uma montanha olhando pra traz. Vejo um caminho plaino por onde percorri, algumas pedras, depois ficou plaino de novo, um pouco íngreme em alguns momentos...
Nos dois últimos anos é onde vejo esse caminho mais cheio de obstáculos, bem trabalhoso de percorrer e percebo que foi umas das melhores partes a ser percorrida, apesar da dificuldade que foi.
Olho pra cima e vejo que ainda resta um tantão de montanha e a minha vontade cresce, uma motivação doida de tirar as pedras que me impedem e seguir! O barato de tudo é que lá em cima quem me espera sou eu, sim, eu mesma!
É o caminho da vida que sigo de encontro a mim mesma, ao meu auto conhecimento, a minha plenitude, ao APRENDER A SER.
Foram tantos sorrisos, conquistas, encontros, desencontros...
O dia percorreu e foram tantos recados cheios de carinho, de atenção, me lembrando sempre de quem sou e o que represento na vida de muita gente... Isso faz parte da minha história sabe, faz parte de mim!
Me deparei com tantos VC É ESPECIAL que meu coração se encheu...
Então a palavra do dia nesses 34 anos é GRATIDÃO! Por todas as pessoas maravilhosas que me acompanham nessa jornada e por quem me torno a cada dia!
Que os passos a seguir, mesmo sabendo que talvez não sejam tão leves, sejam eficazes e precisos e que me tragam os frutos que espero, de plenitude, completude, inteireza...
Feliz VIDA pra mim!








quinta-feira, 1 de maio de 2014

Saldo do primeiro dia do SIAPARTO

Estou ansiosa, eufórica, feliz e grata!
Cara, participar desse simpósio está sendo mágico!
Estar perto de pessoas tão bacanas, que admiro tanto, praticamente ídolos me faz ficar em êxtase.
Além do mais tem todas as informações recebidas que são de uma grandiosidade sem fim.
A primeira palestra que participei foi da Karem Strange, aperfeiçoando a experiência do parto: a hora dourada. Ela falou lindamente sobre a percepção do bebê no nascimento, foi uma delícia de palestra.
Depois da Karem Strange foi a Naoli Vinaver, cara, que mulher é essa?
Foi aplaudida de pé ao término da palestra, linda, maravilhosa, forte! Contou suas histórias de acompanhamento de parto com uma delicadeza, com uma leveza que por muitas vezes meus olhos se encheram de lágrimas!
O almoço foi uma delícia com a companhia das minhas queridas, Thielly Soengas, Cinthia Claudino, Mônica Minussi, Anne Pires, Aline Matricardi, risos, bom papo...
Depois do almoço nos dividimos e eu fiquei na palestra do psicólogo Alexandre Coimbra, cara, o que foi essa palestra? Coisas do tipo:
- Recuperar a sacralidade desse momento que foi roubada pela medicalização do parto.
- A ambivalência define o ser humano.
- A gravidez é um contrato com a eternidade.
- Vivemos o pós modernismo, onde o EU (individualismo) é mais importante. Por isso somos vistas como "índias comunistas", pois estamos na contra mão desse pós modernismo, pensando no coletivo, no outro, enfim...
- O trabalho de parto não é uma abertura da pelve, é uma abertura espiritual.
- Precisamos deixar de sermos solitários para sermos solidários...
Depois do Alexandre Coimbra teve a palestra sobre HypnoBirthing da Lúcia, outra maravilha!
Enfim, foi lindo, foi maravilhoso, foi edificante!
Como sempre aproveito essas situações pra adentrar no meu eu e tentar trazer o máximo que puder pra minha própria vida, sempre é um processo de auto conhecimento e de rever valores, atitudes, enfim... Os mimos do SIAPARTO, a delicadeza com a qual foi organizado tudo, foi tudo perfeito!
Enquanto estava lá absorvia todas aquelas informações e pensava sobre as pessoas que me dizem: aff, vc é louca. Parto eu quero bem longe!
Entendo que tem algumas pessoas que trazem na memória, talvez até na memória celular, históricos que as fazem querer ficar longe de um parto, mas não entendo que muitas pessoas não querem nem procurar saber, entender o que acontece. Não entendo as pessoas não entenderem ou pelo menos procurar entender, como é para o recém nascido a experiência do parto e quanto isso pode ser impactante para toda uma vida.
A cada informação recebida, sentia que o parto diz muito mais sobre nós do que imaginamos e quanto podemos aprender com isso. Muito embora eu respeite, não consigo entender a frieza com a qual algumas pessoas encaram esse momento, que deveria ser o mais importante na vida de uma mulher.
As pessoas se pautam no sobreviver, do tipo: fulano nasceu de cesária e não morreu! Ah, mas se cresceu, trabalhou, casou, não teve problemas com drogas nem com crime então tá ótimo!
Fico pensando nesses pensamentos pequenos, que faz com que as pessoas não se aprofundem em algo que é tão grande como tudo o que envolve o nascimento. Fico pensando nas condutas da maioria das pessoas, que é tão rasa, tão simplista, que não se olham, não se entendem...
Veja bem, isso não é uma crítica a quem escolhe ou precisa fazer uma cesária, de modo algum a questão não é a via de parto, é superficialidade com a qual as pessoas encaram algo tão profundo.
De qualquer forma, no coração ficou a certeza de que o movimento cresceu e ainda vai crescer muito mais, que o mundo começa a mudar, que os paradigmas continuam se quebrando e abrindo espaços pra novas ideias, estudos, evidências, posturas...
No fim ainda teve uma cervejinha com a Thielly e com a Cinthia, como é bom conversar com pessoas de mente aberta, com papos bons, de risos largos!
Gratidão define o que estou sentindo nesse momento...
Ansiosa pra viver os próximos 3 dias de SIAPARTO!









quarta-feira, 23 de abril de 2014

Onde foi que eu me perdi?




Faz tempo que não visito meu espaço, que não coloco meu coração em palavras...
Aí eu olho pra pia e vejo um monte de louça, na sala roupas passadas pra guardar, as camas não foram arrumadas e na máquina ainda tem roupas pra serem estendidas...
Percebo que o mesmo aconteceu com o meu profissional, fui fazendo o que era mais urgente deixando coisas importantes pra trás, hummm... que aperto no coração, que nó na garganta, que sensação de incompetência...
Como diria a terapeuta querida, vamos aos fatos sem colocar os sentimentos: sim, eu precisava de ajuda. Sim, não tinha como ter essa ajuda. Sim, eu tenho culpa também. Sim, apesar dos acúmulos dos últimos tempos eu fiz um bom papel.
O fato é que de repente eu paro tudo que estou fazendo pra dar atenção a esse momento e a palavra que me grita nos ouvidos é: ACÚMULO!
Sim, acúmulo de coisas pra fazer em casa, acúmulo de coisas pra fazer no serviço, acúmulo de textos na minha mente que eu não passei pra cá, acúmulo de dívidas mal elaboradas, acúmulo de livros que comecei a ler e não consegui terminar, acúmulo de sentimentos, de angústias...
Logo eu que tinha dia pra roupa, dia pra casa, dia pra fazer o orçamento doméstico, o que aconteceu?
Como diria minha irmã Sabrina: onde foi que eu me perdi?
Eu quero tanto por tudo em ordem! Uma urgência de que as coisas voltem ao meu comando, mas parece que eu não consigo sair do lugar, sempre estou fazendo o que é mais urgente, o que não dá pra deixar pra depois e as outras coisas vão... acumulando...
Eu preciso de um plano de ação! Eu preciso me organizar de uma maneira que eu consiga por cada coisa na sua prateleira e respirar...
Eu sei que nunca terei o controle de tudo, não é isso que quero, mas estou me sentindo no meio do olho de um furacão, sendo levada pelo vento sem conseguir me segurar em nada...
Preciso de um plano de ação, preciso de ajuda pra pensar, porque daqui da onde estou vendo, está tudo um tanto embaçado...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A ligação que nos une...


Pois é, já falei sobre amizade nesse espaço... Isso me faz pensar que eu sou uma pessoa abençoada, ah sou sim!
Num mundo onde o que (ainda) prevalesse é a disputa, é o ter, é a competição desenfreada por tudo, querendo provar não sei o que, não sei pra quem, me encontro rodeada de pessoas maravilhosas que me acrescentam além de ternura, de amor, de felicidade e bons momentos, me acrescentam em sabedoria!
Assim é a Daniella, nos conhecemos no primeiro ano do colegial (na época ainda se falava assim tá?), contávamos 14 primaveras e muitas coisas em comum.
Curtimos nossa adolescência juntas até tomarmos nossos caminhos à frente das nossas famílias e ao lado de nossos companheiros.
Como sempre, a rotina do dia a dia nos consome e se não prestarmos atenção, passa por cima da gente como um rolo compressor nos afastando das coisas que realmente importam.
Na última sexta-feira nós passamos só a tarde toda conversando, com a participação especial do seu marido Marcelo que veio tomar um café com a gente, rendendo vários questionamentos e boas risadas (adoro questionamentos, olhar as coisas por ângulos que nunca tinha olhado, rsss...) e as presenças ilustres de Manuela e Pietra, duas figuraças que espelham a harmonia e a paz vividas nesse lar tão sereno...
Foi tão bom, tão prazeroso, tão aconchegante! Perceber que apesar do tempo e da distância aquela energia boa que nos uniu a alguns anos atrás (não vamos entrar em detalhes em relação a datas, ok? rsss...) é a mesma que nos uniu nessa tarde de sexta.
Fiquei muito feliz de ver a mulher forte e decidida que se tornou, certa do que quer pra você e pra sua família, feliz com o lugar que ocupa e dando o melhor de si pra essas duas preciosidades, que como disse refletem a harmonia do seu lar. Fico feliz de você estar ao lado de um companheiro amoroso, completamente apaixonado (isso se vê nos olhos) por você e pelas meninas. Um cara bacana, inteligente e muito bem humorado, que zela ao seu lado por essa estrutura linda de família que vocês formaram!
Fiquei encantada com vocês, com as meninas, com a serenidade que pude sentir no tempo em que estive aí!
Como foi bom poder olhar nos seus olhos e ver a mesma sinceridade, a mesma cumplicidade, o mesmo riso solto...
Que possamos estreitar esses momentos e não deixar que a ligação que nos une acabe!
GRATIDÃO!